Na "Semana das Diferenças"
tudo pode acontecer,
meninos que falam com as mãos,
e outros meninos que com as mãos podem ler...
E foi isso que aconteceu,
quando a biblioteca fomos visitar,
conhecemos UM RENOVADO ESPAÇO
e uma LINDA História ouvimos contar.

que a Educadora Paula nos quis apresentar;
uma célebre menina Cega e Surda,
que Ann Sulivan conseguiu ajudar!
E não é que vimos nesse seu livro,
o alfabeto gestual que a professora nos ensinou?
Assim como o albabeto Braille
Que Hellen Keller experimentou.
E sabem que em Portugal também há,
crianças que com máquinas especiais, o sabem escrever?
Para que com uma super sensibilidade
outras crianças cegas possam ler!
Nós também experimentámos
com os dedos, essas letras ler,
e com uns pontinhos especiais
os nossos nomes soubemos escrever.
A todos os meninos "Especiais"
Um grande BEIJINHO queremos mandar,
Dizer-lhes que nunca os esquecemos
E que com o nosso carinho podem contar!
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"Hellen Keller - A Menina do Silêncio e da Noite"!
(Esta, é uma história verdadeira)
(Esta, é uma história verdadeira)
Há cem anos, na América, nascia uma menina loira. O pai e a mãe estavam muito felizes. Chamaram-lhe Helen Keller. Helen é um bonito nome.
Por volta dos dezoito meses, Helen adoeceu. E, quando ficou boa, os pais aperceberam-se de que ela já não via nem ouvia nada. Tinha-se tornado cega e surda. Entretanto, crescia, brincava, comia e corria, como as outras crianças; só que não se lhe podia explicar, dizer ou mostrar nada. Nós que vemos, sabemos que o céu é azul, vemos o sorriso da Mamã e do Papá, vemos os animais e tudo o que se passa em nossa casa, lá fora, na rua, nos campos e por todo o lado. Helen não via nada. Nós que ouvimos, ouvimos a voz dos nossos pais, ouvimos baterem à porta, ouvimos o ruído dos carros e ouvimos música. Helen não ouvia nada. Em todo o lado, ouvimos sempre qualquer coisa, mesmo à noite, quando dormimos. Quando se é surdo, não se compreende o que dizem as pessoas, por que é que se riem, por que se zangam, por que falam. Não podemos repetir as palavras, para aprender o nome das coisas. Não podemos falar para perguntarmos o que queremos. E, sobretudo, não temos palavras para pensar. Os que são apenas cegos têm ouvidos para ouvir e perceber o que se passa à sua volta. Os que são apenas surdos, têm olhos para ver e compreender o que se passa ao seu redor. Mas ser ao mesmo tempo surdo e cego, é terrível! É como se estivéssemos sempre sós no silêncio e na noite. Helen estava assim, completamente só no silêncio e na noite. Os pais não sabiam o que fazer para lhe explicar as coisas. Muitas vezes Helen enfurecia-se e partia tudo o que encontrava, rasgava as roupas, comia com as mãos e atirava o prato ao chão; batia na irmã mais nova e gritava. Então os pais choravam porque não sabiam o que fazer para lhe ensinar o que ela não sabia, e para lhe fazer compreender que a amavam muito. Helen estava muito triste. Muitas vezes, ficava sentada no chão e chorava o dia inteiro. Helen estava só no silêncio e na noite e sentia-se muito infeliz. Os pais deixavam-lhe fazer tudo o que ela queria. Nunca a castigavam, e Helen era ainda mais infeliz. Quando fez sete anos, os pais tiveram uma boa ideia: pediram a uma professora para vir morar com eles. Chamava-se Ann Sullivan e tinha dezoito anos. Já tinha sido cega, mas fora operada e agora via. Estava decidida a ajudar crianças cegas. Conhecia muitos jogos para cegos. Mas Helen era cega e surda, e Ann não sabia se conseguiria vir a "falar" com Helen. A princípio, Helen era muito mazinha com a sua professora e não queria aprender nada. Não gostava de ser mandada porque estava habituada a fazer tudo o que queria. Mas Ann era muito paciente. Ensinou-lhe muitas coisas: enfiar pérolas, tricotar e coser. Separar os objectos redondos dos quadrados, e os duros dos moles. E, pouco a pouco, Helen tornou- -se gentil e asseada. Não se podia servir dos olhos nem dos ouvidos, mas tentava compreender muitas coisas com as mãos. E foi com as suas mãos que Helen aprendeu a falar. Um dia, Ann, tocando-lhe nas mãos, fê-la compreender, enfim, que lhe ensinava, deste modo, o nome das coisas. Percebeu, assim, que tudo tinha um nome: as coisas, os animais, as pessoas. Aprendeu o seu nome, "Helen", e "Papá" e "Mamã" e "Professora". E quando Helen tocava com as suas mãos nas do pai, dizendo Papá, ele chorava de alegria. Era formidável. Então, Helen aprendeu a ler seguindo com os dedos as letras para os cegos. E, mais tarde, conseguiu falar com a sua voz; mas era muito difícil, porque não ouvia o que dizia. Helen era muito inteligente e aprendia depressa. Queria saber tudo. Foi à escola com Ann, que a acompanhava para todo o lado e lhe dizia, com as mãos, tudo o que diziam as professoras. E Helen fazia os trabalhos de casa na sua máquina de escrever. Tornou-se tão inteligente que passou num exame difícil em que nenhuma rapariga do seu país tinha conseguido passar. Helen tornou-se célebre e todos queriam conhecê-la. Viajou muito. Foi a todos os países explicar às pessoas que era preciso ocuparem-se das crianças surdas e cegas, porque elas também podiam compreender, aprender como ela, e serem felizes. Helen sabia que tinha tido muita sorte: tinha uns pais que a amavam, e que haviam podido pagar uma professora só para ela. E, sobretudo, tinha Ann, que era muito inteligente e paciente. Helen gostaria que todas as crianças cegas e surdas fossem ajudadas e amadas como ela foi. Agora, graças a Helen Keller e a Ann Sullivan, sabemos ocupar-nos melhor de crianças que não vêem e que não ouvem."
Por: Anne Marchon "Helen, a menina do silêncio e da noite"
Desabrochar – Editorial, 1988
3 comentários:
Amei conhecer a história de uma pessoa especial tão célebre e desses lindos trabalhos que têm vindo a realizar.
De Certeza que os meninos especiais irão ficar muito felizes e agradecidos de vocês os acarinharem e tornarem tão especiais.
Olá professora, gostei muito de a ter conhecido não só como amiga, mas como pelo carinho. Muito obrigada por vir para a nossa turma, onde eu também tenho prazer em estar. Também *gosto* de um rapaz da minha turma, mas não me vou referir a ele. OBRIGADA por nos ter conhecido :)
Ana Isabel e Conceição Cafumana com todo o carinho e um beijo do tamanho do mundo e do universo inteiro=)
RESPONDENDO à Ana Isabel e Conceição...
Olá amiguinhas lindas. Espero que continuem a gostar muito da Turma, da Escola e da Professora, claro;-).
Que sejam SEMPRE FELIZES...
OBRIGADA pela "prendinha" da Lara e do Francisquinho =).
Muito Obrigada por todo o carinho e beijinhos fofos,
da professora Amiga L.V.
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